terça-feira, 18 de abril de 2017

ENIGMA...


  • Sou muitas vezes, um enigma para mim...
  • Gosto de pessoas francas, com discurso direto, que dizem o que pensam...mas nem sempre eu sou assim...não gosto de magoar ninguém...medo, receio, pena??? ...
  • Muitas vezes dói ouvir a verdade e principalmente quando se entra no campo da injustiça, onde não lido lá muito bem...
  • O que me marcou mais a vida???
  • Não sei explicar, foi tudo, uns pela positiva e outros pela negativa...
Não sei se estou com muita pressa, mas abril não parece passar!

SER DE PROVÉRBIOS...


  • Talvez porque sinta que as minhas memórias se atropelam num turbilhão de acontecimentos, alguns confusos, até talvez ilusórios...tenha surgido esta necessidade de escrever...
  • Não tenho jeito para a escrita e admiro profundamente, todos aqueles que o fazem...revejo-me muitas vezes...é como se escrevessem para mim...
  • Sou de provérbios e ditos populares, inspiro-me em muitos deles para explicar, começar e simplesmente rematar algum desentendimento...já que detesto um discurso agressivo, seja ele de que assunto for...

segunda-feira, 17 de abril de 2017

FICAR SEM CHÃO...

  • A minha vida por vezes é marcada por situações bizarras e com momentos que ficam registados como uma fotografia para me lembrar de relaxar e abrandar...
  • Ser mãe de adultos às vezes é estranho...
  • Não deixamos de ser mães mas as escolhas deles ...já não são nossas...
  • Ao ajudar nem sempre somos compreendidas e as ansiedades e dores deles projetam-se com igual intensidade e com o mesmo nível de carinho e de preocupação...
  • As pessoas vão sempre a tempo de mudar as prioridades e adquirir novos hábitos...
  • A vida não é justa, mas é boa na mesma e uma dádiva...
  • É como guiar um carro de noite "Nunca se vê mais que os faróis iluminam, mas podemos fazer a viagem toda assim" (E.L. Doctorow) ...

domingo, 9 de abril de 2017

O CONTA KILÓMETROS DA VIDA...

  • Há pessoas que chegam mais frágeis a este mundo, magoam-se mais facilmente, choram e entristecem-se mais vezes...
  • Sempre achei que quando nasci, "Deus piscou-me os olhos"...
  • Os meus pais tiveram seis filhos e embora sempre os amasse e me sentisse amada, houve dias em que me senti perdida na ninhada...
  • Fui educada num colégio de freiras, fui mãe aos dezasseis anos, casada com um homem que sempre me tratou como uma rainha...
  • A minha vida ensinou-me muita coisa e principalmente quando nos é diagnosticado um cancro aos 36 anos...foram 6 longos anos de combate e muito tempo a recuperar dessa luta... foi uma vitória que me tornou suficientemente audaz...não existe nada pior que nos possam fazer...
  • Aí pensamos que o nosso conta quilómetros nunca chega tão longe...
  • As lições são dádivas que a vida me deu

SAIR DO RITMO...

  • Sou de urgências...
  • Há uma inquietude, um descontentamento, uma in(explicável) necessidade de tudo para ontem...
  • Se é por feitio, até pode ser...mas a minha intuição diz-me que a sucessão de acontecimentos imprevistos numa fase da minha vida despoletaram esta "urgência"...
  • O tempo passa mas em vez de apaziguar, acrescenta e me faz manobrar acontecimentos sem que me aperceba...e só quando me chamam à atenção eu repenso e relaxo...
  • As pausas são as tais necessidades...fazem-me esquecer tudo, há um novo tempo em que me "sobra" tempo...
  • Nunca sei às quantas ando, aí troco as horas, o ritmo é tão mais calmo que chego a sentir como " mal empregue"...
  • Quando as rotinas são boas, até sabem bem...mas sair delas pode ser melhor...
  • É que às vezes nem nos damos conta daquilo que necessitamos...

quinta-feira, 23 de março de 2017

O MAIS IMPORTANTE...

O mais importante na minha vida é a família.
 Mas foi ao curso, especialização e ao trabalho que acabei por dedicar 80% do meu tempo, o que é calamitoso.
 Quando se dá muito mais ao trabalho do que à família, quem fica mal somos nós, porque vivemos nessa angústia de estarmos a negligenciar as nossas referências afetivas, as pessoas que nos dão equilíbrio. O horário de trabalho a que estava sujeita não me permitiu gerir o meu tempo à minha maneira.
Na minha profissão de enfermagem, nem sempre me senti realizada...primeiro não foi uma primeira escolha e depois na área onde trabalhei...a Oncologia... embora muito gratificante pela ajuda que prestamos aos outros, desgasta muito e principalmente quando somos empáticos.
As vicissitudes da vida e mesmo o tipo de trabalho, acabaram por me fazer sempre valorizar as coisas às quais não dava valor e a desdramatizar outras sem importância.
Gostava de ter sido mãe a 100%...

MÃE, DOCE MÃE...

 Há momentos, em que perdida num turbilhão de ideias e problemas e a alinhar pensamentos...tudo o que mais desejo é pegar num papel e escrever algumas sensibilidades para trocar comigo própria...ideias de mudança, qualidade de vida...pois sinto que começo a acusar os terríveis sintomas da rotina.( agosto 2002)
Ainda me lembro da dor que sentia, das vezes que deixava os meus 3 filhos ainda ensonados, aos cuidados de outras mulheres. Recordo também os dias difíceis vividos quando os tive de deixar para ir trabalhar.
Na verdade a chegada de um filho muda completamente a nossa vida, não só a afetiva como também a profissional. Nada à nossa volta parece estar apto para nos facilitar a vida. Compatibilizar um bebé com o trabalho e os estudos significa, para além de muitas outras coisas enfrentar e resolver, pelo menos três problemas : um forte sentimento de culpa, uma acrobática organização de tempo e bastante dinheiro.
Apesar de todas as dificuldades, acredito que nada substitui o " doce sabor" de ser mãe e o" amargo doce " de sermos verdadeiras SUPER MULHERES .
Não para me gabar...mas creio que o mundo é das mulheres.
 
Como conseguiu a minha mãe aguentar 6 filhos???