domingo, 4 de dezembro de 2022

FELIZES PARA SEMPRE...

  • Se estivesse no meu perfeito juízo, nunca teria engravidado com 15anos...
  • A família ainda ponderou não me casarem ... era pela idade , tradição católica, interrupção dos estudos etc...
  • Casei-me amedrontada e apaixonada e a ideia de enfrentar uma gravidez sozinha, mãe solteira, medo de não dar conta do recado, e aliviada por não me colocarem fora de casa , enfrentei o altar...
  • Foi uma cerimónia simples, recatada, com convidados mais chegados ... cujos semblantes tristes mais parecia que assistiam a uma missa de funeral...
  • Sempre tive o sonho de casar e ter filhos (3), alimentava a ideia de levar um vestido com véu e cauda...mas logo fui informada para meu espanto que não poderia porque era "impura"...
  • O vestido era simples e bonito com um forro em tons de rosa e um laço de veludo rosa no peito feito pela a D. Albertina a nossa costureira de longa data...
  • Os sapatos brancos, o cabelo apanhado com caracóis que duraram pouco , como normalmente acontece porque tenho-o muito liso e fino...
  • Acabou por ser uma festa pequena, em casa da minha mãe, não houve dança, nem animação, ninguém discursou etc...
  • As recordações são difusas, confusas, desfocadas... não me senti infeliz, mas também não posso dizer que respirava aquela felicidade...
  • Até as fotos foram a preto e branco e o único filme é de cinco minutos se tanto , ficou muito mal como se não fosse importante registar, sempre se pensou que não resultaria por muito tempo...
  • No entanto já estamos a caminho dos 50 anos , portanto a fazer as "BODAS DE OURO", contra tudo e contra todos...
  • Os filhos foram três e os netos já vão em seis...
  • SE ISTO NÃO É FELIZES PARA SEMPRE...

sábado, 6 de outubro de 2018

A MINHA AVÓ AMÉLIA...

  • Existem na vida de todos nós pessoas que nos marcam para sempre. Umas, pela presença constante. Outras, pelas sementes, que largam no caminho. Uma das figuras femininas que mais influenciou a minha vida, foi sem dúvida, a minha avó materna. A ela devo uma boa parte daquilo que sou...
  • De nome Amélia Lopes dos Santos Garcia, nasceu em Sesimbra a 8 de Janeiro de 1906, casou em 7 de Setembro de 1931 em Lisboa com o meu avô Lorindo Adélio dos santos Garcia e faleceu em 9 de dezembro de 1978 (cemitério do Benfica)...
  • Doméstica de profissão, como grande parte das mulheres do seu tempo, adorava pintura, costura, jardinagem...

terça-feira, 18 de abril de 2017

ENIGMA...


  • Sou muitas vezes, um enigma para mim...
  • Gosto de pessoas francas, com discurso direto, que dizem o que pensam...mas nem sempre eu sou assim...não gosto de magoar ninguém...medo, receio, pena??? ...
  • Muitas vezes dói ouvir a verdade e principalmente quando se entra no campo da injustiça, onde não lido lá muito bem...
  • O que me marcou mais a vida???
  • Não sei explicar, foi tudo, uns pela positiva e outros pela negativa...
Não sei se estou com muita pressa, mas abril não parece passar!

SER DE PROVÉRBIOS...


  • Talvez porque sinta que as minhas memórias se atropelam num turbilhão de acontecimentos, alguns confusos, até talvez ilusórios...tenha surgido esta necessidade de escrever...
  • Não tenho jeito para a escrita e admiro profundamente, todos aqueles que o fazem...revejo-me muitas vezes...é como se escrevessem para mim...
  • Sou de provérbios e ditos populares, inspiro-me em muitos deles para explicar, começar e simplesmente rematar algum desentendimento...já que detesto um discurso agressivo, seja ele de que assunto for...

segunda-feira, 17 de abril de 2017

FICAR SEM CHÃO...

  • A minha vida por vezes é marcada por situações bizarras e com momentos que ficam registados como uma fotografia para me lembrar de relaxar e abrandar...
  • Ser mãe de adultos às vezes é estranho...
  • Não deixamos de ser mães mas as escolhas deles ...já não são nossas...
  • Ao ajudar nem sempre somos compreendidas e as ansiedades e dores deles projetam-se com igual intensidade e com o mesmo nível de carinho e de preocupação...
  • As pessoas vão sempre a tempo de mudar as prioridades e adquirir novos hábitos...
  • A vida não é justa, mas é boa na mesma e uma dádiva...
  • É como guiar um carro de noite "Nunca se vê mais que os faróis iluminam, mas podemos fazer a viagem toda assim" (E.L. Doctorow) ...

domingo, 9 de abril de 2017

O CONTA KILÓMETROS DA VIDA...

  • Há pessoas que chegam mais frágeis a este mundo, magoam-se mais facilmente, choram e entristecem-se mais vezes...
  • Sempre achei que quando nasci, "Deus piscou-me os olhos"...
  • Os meus pais tiveram seis filhos e embora sempre os amasse e me sentisse amada, houve dias em que me senti perdida na ninhada...
  • Fui educada num colégio de freiras, fui mãe aos dezasseis anos, casada com um homem que sempre me tratou como uma rainha...
  • A minha vida ensinou-me muita coisa e principalmente quando nos é diagnosticado um cancro aos 36 anos...foram 6 longos anos de combate e muito tempo a recuperar dessa luta... foi uma vitória que me tornou suficientemente audaz...não existe nada pior que nos possam fazer...
  • Aí pensamos que o nosso conta quilómetros nunca chega tão longe...
  • As lições são dádivas que a vida me deu

SAIR DO RITMO...

  • Sou de urgências...
  • Há uma inquietude, um descontentamento, uma in(explicável) necessidade de tudo para ontem...
  • Se é por feitio, até pode ser...mas a minha intuição diz-me que a sucessão de acontecimentos imprevistos numa fase da minha vida despoletaram esta "urgência"...
  • O tempo passa mas em vez de apaziguar, acrescenta e me faz manobrar acontecimentos sem que me aperceba...e só quando me chamam à atenção eu repenso e relaxo...
  • As pausas são as tais necessidades...fazem-me esquecer tudo, há um novo tempo em que me "sobra" tempo...
  • Nunca sei às quantas ando, aí troco as horas, o ritmo é tão mais calmo que chego a sentir como " mal empregue"...
  • Quando as rotinas são boas, até sabem bem...mas sair delas pode ser melhor...
  • É que às vezes nem nos damos conta daquilo que necessitamos...